26 dezembro 2013

Ceia de Natal

Como era previsto nossa ceia de Natal foi harmonizada com boas cervejas. Procuramos fazer com cervejas  encontradas facilmente em bons mercados, ou seja , todos podem provar.
Todo o processo foi movido pela curiosidade e pesquisa. Curiosidade, pois a intenção era fazer algo diferente (nada de peru, tender, etc), pesquisa porque depois de definidos os pratos fomos procurar nas literaturas as cervejas para harmonização.

A Entrada:

Folhas de Endívias com presunto de parma, figo e amêndoas  com um toque de aceto balsâmico reduzido.

A cerveja:

Procuramos uma que principalmente combinasse com o sabor mais pronunciado do prato: o presunto. Dentre várias possibilidades uma nos chamou atenção, a Weizenbock pois é uma cerveja com uma graduação alcoólica um pouco elevada e com sabores que lembram frutas secas. O álcool ajudaria a limpar a gordura e o ácido do presunto e do aceto respectivamente e as frutas secas harmonizariam com as amêndoas torradas.
Acertamos em cheio, todos adoraram e o que mais se ouvia na mesa era o prazeroso som do “hummm!!!” -  a ceia começou muito bem.

Prato Principal:

Codorna recheada com farofa de frutas, acompanhada de batatinhas e cebolas assadas com alecrim e aspargos na manteiga.

A Cerveja:

Nessa tivemos um pouco mais de dificuldade de encontrar, tanto é, que foi gerado um agradável bate papo na mesa. Uns falando que estava perfeito, outros falando que faltou algo.
A cerveja escolhida foi a Witbier Estrella Damm Inedit, pois com seu sabor frutado e leve combinaria muito bem com uma ave delicada como a codorna e com seu recheio adocicado de farofa de frutas.
Houve quem achasse perfeito, uma harmonização por semelhança. Cerveja saborosa, delicada e perfumada junto com o prato também com estas características, porém tivemos opiniões diversas  quando a carne entrava na jogada - o sabor desaparecia prevalecendo a cerveja, o que não era a intenção.
O prato estava delicioso, a codorna assada na medida. O recheio de farofa com frutas espetacular  que com a witbier, todos concordaram , ficou ótimo. Agora, temos que continuar nossa pesquisa para encontrar a cerveja que combine com o prato todo. Ô tarefa difícil, rsrsrs.

Sobremesa:

Torta Banoffee.

A Cerveja:

A cerveja escolhida foi a Way Cream Porter, e mais uma vez acertamos. Talvez a mais perfeita de todas. O destaque que a torta dava para os maltes torrados da cerveja era algo incomum.
A cada gole você pedia mais. Basicamente era o seguinte, a torta Banoffe tem em sua receita banana, doce de leite e chantilly, algo cremoso e doce que era limpado pela carbonatação da cerveja e em seguida surgia o sabor tostado. Simplesmente sensacional.
A ceia terminou bem!




25 novembro 2013

Incrementando os equipamentos na produção de cerveja caseira

Olá pessoal,
Até hoje sempre fizemos nossos 20 litrinhos em nossas panelas originais. Tudo manual, recirculação, lavagem, passar da panela de mostura para fervura usando balde auxiliar, resfriamento com chiller de imersão, .... show !
Ontem porém, foi dia de, enfim, colocar em funcionamento as panelas de inox Blichmann de 100L, bomba de circulação (brew pump) e resfriador de contrafluxo (counterflow chiller)...que estavam há mais de ano aguardando sua vez... (parece incrivel mas o tempo passa muito rapido).


Resolvemos não ser tão agressivos e definimos fazer 40 litros, para testar a montagem do circuito todo, aprender com os erros, ajustar, aprimorar....
Assisti um video sobre a montagem e uso do resfriador de contrafluxo, para tirar a dúvida de onde entrava o quê naquela "mola"..(rssss...). Já sabiamos que era por dentro cerveja e por fora a água, mas qual das entradas era o que ? Se ajudar alguém segue o desenho feito por mim:

Para os demais itens, como sempre tem sido em nossa saga cervejeira (e com certeza na de muitos confraternos), novamente aplicamos a técnica do "aprender fazendo"....
Não conseguimos tempo livre para fazer ensaios previos, e com isso fomos encarando o que ia acontecendo durante o processo.
Por exemplo: montamos a panela de cozimento mais baixa para facilitar a movimentação do malte sem ter que subir em banquinho ou cadeira.... mas o resultado foi um pouco complicado pois as nossas "canelas" e pés... ficaram em brasa (rssss....), foi facil movimentar o mosto, mas como escolhemos fazer 40 litros, o mosto ficou abaixo da altura do termometro da panela, ou seja, tivemos que usar o termometro manual e ai foi "osso" ficar quase que entrando dentro da panela para medir a temperatura no mosto lá embaixo.... Acho que a missão agora será adicionar pás motorizadas para movimentar os grãos e fazer brassagens de no minimo 60 litros, ou adicionar um termometro digital que vá até quase o fundo da panela e prender na lateral acima.
Quanto à bomba, essa foi um espetáculo (ela está na imagem acima, entre a panela mais alta e o resfriador, embaixo de uma caixa de papelão que improvisamos como "carcaça de proteção").
Se comportou muito bem. Silenciosa e muito rapida.
Mas por falar, nisso em certos momentos, foi rapida até demais. Era muito forte para o sparge; mas ajudou a acelerar um pouco. Iniciamos com ela, e depois fomos para a boa e velha jarra de plastico transparente para visualizarmos a limpeza e claridade do mosto.
A lavagem dos grãos ela estava puxando o conteúdo da panela de brassagem para a panela de fervura, e novamente ela puxava muito mais do que conseguiamos colocar a agua por sobre a cama de grãos. Então foi o tal do ....puxa um pouco, desliga....põe agua....puxa mais um pouco...desliga....
Mas, funcionou perfeitamente e puxou todo o mosto até a ultima gota...sem precisar do "vira-vira" panela..
A fervura foi tranquila, porém o termometro da panela está danificado, talvez por ação do tempo que ficou parado. Precisarei levar em alguma casa de aferição/calibragem para consertarem.
Mas porque se preocupar com a temperatura se ia ferver ?
É que ao término da fervura conectamos a saida da panela na bomba, a bomba no resfriador de contrafluxo e recirculamos de volta para a panela e ai o termometro foi necessario para acompanhar a temperatura baixando até o desejado e tivemos que usar o termometro de mão.
No contrafluxo do resfriador, a agua passou pelo antigo chiller mergulhado em gelo.
O resfriamento foi otimizado e em um tempo muito bom para 40 litros.
E novamente a bomba ajudou a enxer os baldes fermentadores.
Mas aqui tomamos uma rasteira da bomba, pois quando terminamos de esfriar, desligamos a bomba e tiramos a mangueira da torneira da panela para enxer o primeiro balde direto da panela para o balde, mas esquecemos que a mangueira da recirculação ainda estava dentro da panela o que criou um efeito vacuo com a bomba e o chiller e continuou drenando silenciosamente mosto da panela, pois de inicio achamos que era somente o resquicio que estava nas mangueiras e chiller.....mas enquanto o primeiro balde enxia, o "resquicio" não terminava nunca.... até cair a ficha de que a bomba não é uma chave e sim uma passagem direta...e tinha feito um vacuo e "vasos comunicadores" (como disse o Brudzinski) .....e.... perdemos alguns litrinhos...E ainda ficamos olhando e dizendo "nossa ! não é possivel ter isso tudo de percurso dentro das mangueiras e chiller...". (hehehehe....só rindo mesmo !)
Como disse lá em cima...vivendo e aprendendo...erá só levantar a mangueira da recirculação para fora do mosto.
Outro problema foi ter apenas 1 bomba, e com isso, para poder usa-la em varios momento, foi preciso, conectar e desconectar as mangueiras. Isso será parcialmente resolvido com conectores "quick-(dis)connect"; já adiquiridos mas ainda "em transito". Porém o melhor mesmo será montar chaves abre e fecha para controlar e desviar o fluxo.
Como próximo passo, precisamos aprimorar colocando um gotejador/chuveiro para o sparge e talvez uma outra bomba para a lavagem acontecer em sincronismo com a bomba extratora. Se bem que vou analisar se consigo controlar a potencia da bomba para ela puxar com menor velocidade quando necessário.
Espero que este relato, de alguma forma possa ser útil, ou para fomentar o aprimoramento dos equipamentos ou para dar algumas dicas. E por falar nisso, se alguém tiver alguma dica para os nossos percauços citado acima, ficaremos muito gratos.
A cerveja brassada foi uma Witbier (tradução: cerveja branca. Wit = branco). Uma cerveja que tem suas origens ligadas à Belgica. É uma Ale feita com trigo e temperada com sementes de coentro e casca de laranja curaçau. A laranja curaçau não é comum aqui na nossa região. Ela é tipica da Ilha de Curaçau e inclusive os licores que levam este nome são feitos com a tal laranja. Mas como não tinhamos a laranja curaçau então trocamos por casca de grapefruit (para aproximar um pouco o amargor) + limão siciliano (para dar um toque citrico e refrescancia especial). As sementes de coentro não foram moidas, ao inves disso, foram "trituradas" em uma caneca com um socador e juntas com as cascas da laranja e limão deixaram um aroma divino no ar. (combinação perfeita).
Inclusive na caneca usada para triturar as sementes de coentro, na sequencia eu bebi algumas rodadas de cerveja e o aroma e sabor do coentro ficaram presentes durante várias rodadas ... uma delicia.... acho que vou fazer isso mais vezes...
Mais detalhes, fotos, comentários acessem nosso facebook: facebook.com/conscerva
Abraços
Edwar (Ed - Conscerva)

19 setembro 2013

Lavando leveduras para reutilizar em outras fermentações

Olá pessoal, faz tempo que não escrevo mas ontem recebi umas das fontes de minhas inspirações, a revista BYO (Brew Your Own).

Li mais uma brilhante materia sobre nossas amigas leveduras, como reutiliza-las. (inclusive nesta edição tem uma fantástica lista de 206 familias de leveduras disponiveis no mercado, norte-americano,... dos principais fabricantes...Claro que a grande maioria ainda não está disponivel na loja mais proxima de você,.. mas... pode ser que em uma certa loja em Campinas... exista várias dessas cepas... (rsss..inclusive o nome da loja tem tudo a ver com as leveduras... Lamas...rsss... ABRAÇÃO pessoal do LAMAS). 

Voltando a materia, em um quadrinho fala sobre "Coletar levedura da sua recente produção para usar em próximas" e achei que poderia ser interessante para algumas pessoas.

Não...eu ainda não me aventurei a colocar em pratica esta sequência, mas em breve quem sabe e até por isso estou escrevendo este artigo porque depois a revista some no meio de tantas outras coisas por aqui....(alguém sofre desse mal também? não encontrar mais alguma coisa que sabe que está em algum lugar....mas....rssssss...)

Vamos ao que interessa:
(Ah...David Lamas, se alguma coisa do que eu escrever aqui estiver errada, por favor, me corrija hein ?! Valeu. Abraços.)

1. Para reutilizar levedura você precisa de um processo de lavar as leveduras, ou seja, separar celulas saudáveis de outras já velhas, mortas, trub (restos) e particulas de lupulo.

2. Ao transferir a cerveja para outro balde no término da fermentação primária, deixe um fundo de liquido bem na altura do "bolo" (ou da "lama"...lembra algum nome?) de leveduras que ficou no fundo do balde, dê uma balançada circular no balde para dar uma dissolvida na lama....para desgrudar do balde...e transfira para um recipiente esterelizado de aprox. 4 litros (estamos falando de uma brassagem padrão de 20 litros).

3. Adicione água estéril no dobro do volume que se encontra no recipiente. Cubra e deixe repousar por uns 30 minutos. Depois desse tempo você verá que o liquido se separou. No fundo o que você não quer e em cima as nossas amigas saudáveis e cremosas...Retire estas saudaveis amiginhas do andar superior cuidadosamente passando para outro recipiente esterelizado.

4. Tampe o frasco não com muita força e coloque no refrigerador bem frio. As leveduras ficam dormentes mas não deixam de produzir CO2 e isso poderia explodir o seu frasco, então diariamente desatarrache levemente a tampa para permitir a saída do CO2 e feche novamente. Repita isso por uns 3 a 4 dias, e então feche a tampa de forma a não mais entrar ou sair ar. Uma alternativa seria fazer um furo na tampa e usar um airlock. Coloque data e outras informações sobre a cepa no frasco. Se quando for usar já tiverem passados mais de 7 dias, faça um "starter" antes para reativar as leveduras.

5. Se você tiver tempo e disposição, o ideal seria você criar um cronograma de produção frequente de cervejas de tal forma a reaproveitar a levedura do fim de uma fermentação diretamente no inicio da próxima fermentação (sai de um balde, lava e entra no outro). ...que marravilha...

Segue algumas fotos que peguei da Internet, porque como disse, eu ainda não me aventurei.....

                     


E bom reaproveitamento.
Abraços

05 julho 2013

Um grande idéia para cervejas caseiras não terem rotulos....

Já que a lei proibe até de ter rotulo em cerveja artesanal caseira.... meu comparça cervejeiro RODRIGO BRUDZINSKI inventou ou re-inventou esta grande idéia ... que ainda não foi batizada, mas eu estou chamando de "CRACHÁ" da cerveja.

Alguns podem até dizer que isso já existia, etc... mas em outro contexto, em cervejas com rotulo. Neste caso ele (re)surgiu para não configurar a cerveja como comercial. Ela continua sendo artesanal caseira pois não tem nada grudado na garrafa.

O CRACHÁ nada mais é do que um livretinho, com todas informações da cervjea que fica pendurado no gargalo, e desta forma não tem rotulo na garrafa o que até facilita nosso trabalho (caseiros) para novos engarrafamentos...

Ah, aproveitando ai está o CRACHA da ABISSAL, nosso nova cerveja !
Porter com Chips no Licor de Cacau.

 
VALEU RODRIGO !!
Um brinde a criatividade e a infinita possibilidade de continuar sempre descobrindo caminhos.

05 junho 2013

VIII Encontro Nacional Acervas - Curitiba 2013

(mais fotos no FACEBOOK - facebook.com/conscerva)
 

Olha a Conscerva em Curitiba, participando da entoação OÊÊÊÊÊÊ...... !

Da direita para a esquerda, aqui bem no cantinho à direita, o primeiro, de barba, é o Rodrigo Brudzinski e ao lado de boné sou eu Edwar, estamos "fardados" com a camiseta da Abissal.....

Vejam mais fotos em nosso mais novo canal social:  https://www.facebook.com/Conscerva

Abaixo seguem algumas que fiz (Ed) com meu celular:

Pessoal da Acerva Paulista no balcão dos caseiros, distribuição gratuita de cerveja de alta qualidade:

Banda de Rock mandando ver em Pearl Jam..

Bicos da Bierland...

Dentro da fabrica, estavam alguns bicos e o balcão central dos caseiros...

Dilson, o 3o integrante com a camisa da Abissal...e a esquerda as barracas dos lanches vendidos na festa..

Eu (Ed) e o Samuel da Bode Brown...

Engenhoca da Acerva Paulista para servir o chopp....criatividade...

KombIPA da BodeBrown...Bicos de Chopp na lateral da Kombi...

KombIPA com Samuel...

Gramado da frente da fabrica....onde estava a banda lá ao fundo, à direita da imagem está o meio do gramado onde havia uma grande cobertura, barracas à esquerda da foto com cervejas a venda...

Ai estão Robrido e Edilson...
 
Vejam mais fotos em nosso mais novo canal social: https://www.facebook.com/Conscerva
 

18 maio 2013

Vinda das profundezas....Abissal....

Prepare-se....ela está chegando...
Afine seu paladar....
 
 
Mais uma cerveja para surpreender os mais exigentes dos apreciadores da boa cerveja caseira.
Nós mesmos!!!
Sete tipos de maltes, lúpulos, longa maturação e ingredientes top secret.
A hora está chegando...
 
 
 Abaixo segue o calculo feito no BeerTools....



 

12 fevereiro 2013

Olá todos, uma ótima terça de carnaval;

     Como música e cerveja tem tudo a ver, para esta terça escolhi um LP dos "Mulheres Negras", uma das capas mais carnavalescas que conheço, para escutar enquanto fazia uma degustação, experimentação, provação... da Way Single Hop Project.




















     A proposta da cervejaria paranaense (http://www.waybeer.com.br/), situada em Pinhas região metropolitana de Curitiba, é simplesmente fantástica. A produção de um kit com três cervejas estilo APA (American Pale Ale) com apenas um tipo de lúpulo em cada uma, para entender os aromas e sabores de cada um.

Vamos à prova:



















     Primeiramente as três cervejas foram servidas em copos iguais para sentir seus aromas. Na primeira "cheirada" a cerveja que mais me chamou a atenção foi a com lúpulo Cascade, (http://conscerva.blogspot.com.br/search?q=cascade) um aroma mais presente e cítrico do que as outras duas. Neste primeiro momento, esperava um aroma mais perceptível do Citra, o que não aconteceu.
     O Amarillo dentre elas foi a mais "sem graça" (não falei ruim, todas as três são ótimas), mas na minha opinião foi a mais sem aroma. Porém no decorrer da degustação ele apresentou um amargor delicioso que não era tão evidente no inicio.
     O Cascade foi o que teve mais aroma no inicio e com um amargor estável durante toda a degustação, não senti alterações como no lúpulo anterior. Para mim durante os testes que fiz, a diferença entre o Cascade e o Amarillo era sútil.
     Maior destaque ficou com o Citra que durante a degustação seu aroma ficou mais pronunciado e seu sabor mais característico.

   Mas enfim, o grande prazer desta brincadeira proporcionada pela Way  (http://www.waybeer.com.br/tag/amarillo/), e claro minha esposa que me presenteou com este kit, foi treinar o paladar e aroma para cada um dos tipos de lúpulo.

     Bem como resultado final de qual é a melhor, não sei. Tenho que tomar mais um kit para chegar numa conclusão, rs. A verdade é que, todas são ótimas cervejas, equilibradas. Eu tomaria fácil qualquer uma das três.







26 janeiro 2013

Porque a fermentação parou antes da hora ?

Lendo a BYO deste mês resolvi criar este artigo traduzindo parte de uma matéria que achei interessante, juntando a outros conhecimentos previamente adquiridos com o dia-a-dia das brassagens, falando sobre a parte mais importante do nosso hobby, a fermentação, ou melhor, problemas com ela.

Em algumas situações a fermentação pode parar antes do esperado/desejado ou nem acontecer e, nestes casos, conhecendo as causas possíveis, podemos nos preparar melhor para evitá-las antes que aconteçam.

4 causas possíveis:
1) temperatura imprópria
2) levedura não saudável
3) levedura não suficiente em quantidade
4) falta de oxigênio para a levedura no início da fermentação

1) Temperatura Imprópria: Cada cepa de levedura possui um intervalo de temperatura específico para trabalhar. Normalmente Ales estão entre 18 e 24°C e Lagers estão entre 7° e 14°C. Estes intervalos variam de cepa para cepa e o mais prudente é seguir exatamente o que o fabricante informar na embalagem. Muitas vezes deixamos nosso mosto em temperaturas próximas dos limites e nos esquecemos que a temperatura dentro do fermentador é maior do que a do lado de fora, pois o trabalho da levedura gera calor. Mas em temperatura muito baixas o trabalho das leveduras é lento então você pode acabar comprometendo sua atividade se deixar muito abaixo do minimo necessário pensando que dentro do balde estará mais alta.

2) Levedura não saudável: Leveduras tem prazo de validade. Passado muito tempo elas perdem seu poder de ação ou simplesmente morrem. Observe sempre o prazo de validade informado pelo fornecedor assim como a forma de armazenamento. Se uma parte da levedura não estiver saudável, a outra quantidade não será suficiente para dar conta do processamento do açúcar no mosto. Nestes casos sempre é possível colocar mais levedura mesmo estando no meio da fermentação. Faça um start e insira a nova quantidade de levedura no mosto.

3) Levedura não suficiente: As leveduras comem (sintetizam) açúcar, se reproduzem (multiplicam) gerando novas células que comem açúcar e assim por diante, porém cada célula tem uma quantidade limite de reprodução. E para que a célula seja capaz de sintetizar alimento ela precisa de uma fase aeróbica, ou seja, com oxigênio para fortalecer sua parede celular, isso quer dizer que a primeira leva consome a maior parte do oxigênio disponível, se reproduz, gerando novas células, que neste ponto já não terão tanto oxigênio disponível, e portanto não conseguirão sintetizar tanto açúcar quanto as primeiras. Normalmente os fabricante indicam quais as quantidades existentes em cada embalagem e para qual quantidade de mosto elas estão adequadas. Respeite estes limites. Em caso de cervejas mais alcoólicas ou com fermentação mais lenta (em temperaturas mais baixas como as Lagers), é indicado que seja colocada maior quantidade de levedura inicial do que para a mesmo quantidade de outros estilos, para dar conta do recado. (ex: para 20 litros de cerveja Ale colocamos um 1 sache de 11g de levedura seca, mas para Lager normalmente é indicado colocar 2 saches de 11g para 20 litros.) Em caso de uso de leveduras liquidas faça um bom starter, dias antes da produção. Neste blog você encontra um outro artigo sobre quantidade de levedura inicial.

4) Falta de oxigênio no inicio da fermentação: Muitos cervejeiros apenas balançam seus baldes ou deixam o mosto cair da panela de fervura para o balde da fermentação. E muitas vezes este método não é suficiente. O melhor é ter um motor aerador (desses de aquário) com uma pedra difusora na ponta (igualmente das disponíveis para aquário). Desta forma o oxigênio é inserido no mosto em bolhas bem pequenas e em boa quantidade para que as leveduras possam consumir e fortalecer suas paredes e possam melhor sintetizar o açúcar do mosto. Porém é importante também citar que oxigênio em excesso pode gerar resultados nada desejados. (nada em excesso é bom).

Espero que este post seja de alguma forma útil.
Abraços.

11 janeiro 2013

Cairu 21 - Uma experiência com Manjericão

 
No canteiro de flores tinha um pé de manjericão..... ao lado do pé de tomate cereja...
E ai, já viu né..... veio a maravilhosa idéia.... "Vamos colocar manjericão na cerveja ?" (rsss...)
Idéia aceita.
Depois da cerveja feita, uma pretenção de "Belgian IPA", levemente calibrada, usando xarope belga de beterraba.
Deixamos fermentar e então.... na maturação....
Mas porque só na maturação ? Não sei, decidimos assim; mas poderia ser antes talvez...lá na fervura...Mas queriamos também um pouco do "aroma" com uma espécie de dry-hopping. (!)
Mas quanto colocar de manjericão ?
Boa pergunta.
Pegamos algumas folhas, e um pouquinho mais e ...só mais uma vai....
Pesamos.... e deu 6 gramas.
Colomos as folhas em um hop-bag, fervemos por 5 minutos para esterelizar (pórem, aqui, não sei se o sabor e aroma foram perdidos..!!? pois não aproveitamos o chá produzido).... e então o saquinho com as folhas esterelizadas foi mergulhado na cerveja no inicio da maturação.
Bom, resultado final: não deu para perceber o nosso amiguinho manjericão. :-((
A quantidade talvez tenha que ser bem maior ou talvez levar o chá junto, ou também incluir na fervura. (!?)
Mas em compensação a cerveja ficou fantástica, uma das melhores até então.
O Brudzinski diz que conseguiu notar a presença do manjericão depois de uns 2 meses que a cerveja ficou na geladeira....mas...há controvérsias....hehehe...
O fato é que além de majericão, também não tinha muito de Belgian, pelo fato de a levedura usada não ser tão aromatica em seu resultado. E porque não usamos uma levedura de acordo ? Bom, por alguns fatores que agora....não me lembro....talvez eu tenha bebido muito no dia da brassagem. (rssss...) Mas como IPA ela ficou excelente !
Abraços.

04 janeiro 2013

Vale a pena importar ?

A matéria a seguir é o resultado de algumas pesquisas e passou para uma revisão; porém alguns valores podem estar defasados ou não ajustados com o momento atual.


O comércio no mundo inteiro é regido por leis nas quais constam que deve ser recolhido ao governo valores em forma de impostos, para ser revertido à comunidade um valor sobre o “ganho de capital”. São os famosos Impostos sobre Produto Industrializado (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS), entre vários outros. E isso é assim em todos os países.

Os governos também possuem um desafio de incentivar o crescimento em quantidade e qualidade das produções nacionais e proteger os fabricantes de seus países para que seus produtos sejam preferidos ao invés de produtos estrangeiros, pois quando compramos de empresas de outros países estamos recolhendo impostos para os outros países e com isso desenvolvendo outros países ao invés do nosso. Obviamente que não vamos entrar na discussão da qualidade dos produtos, corrupção, alta carga de impostos internos, pois isso tem suas raízes em passados longínquos e agravadas justamente pela balança comercial não equilibrada que ultimamente tem prevalecido.

Posto isso, o livre comércio entre países fica liberado, porém sob algumas regras para proteger o mercado nacional. A lei permite que você importe, sem pagar algumas taxas, produtos que não possuam similares no mercado nacional e que você prove que é essencial para sua atividade. E isso exige um processo normalmente preparado e defendido por um Despachante Aduaneiro. Porém tudo que tiver similar no mercado nacional, caso você prefira importar então terá que pagar um imposto ao governo sobre esta importação, pois a prioridade seria o produto nacional. Imposto este que pode muitas vezes chegar a 100% do valor do produto comprado.

Para não ser tão “tirano” (ironias a parte) o governo definiu um limite para pessoas físicas de US$ 50.00 de compra no exterior que é isento de taxação por compra. Pergunta: Posso fazer varias compras abaixo deste valor no mesmo mês? Sim, porém para cada compra separada você pagará um “frete” separado!

Quando você efetua uma compra direta através de algum website, o produto será despachado para o Brasil e passará pela vistoria da Receita Federal que validará o que está descrito na nota fiscal com o que efetivamente está no pacote. Se avaliado que é um produto que não possui isenção (livros são exemplos de produtos com isenção) então você será taxado com uma alíquota de 60% do valor total da importação - regime de tributação simplificada (RTS) a todo produto importado via courier (ex: UPS, Correios,...) que exceda o limite de isenção para pessoas físicas de USD 50.00; e ainda incidirá o ICMS do seu estado (que gira em torno de 17 ou 18% de acordo com cada estado) no caso de pessoa jurídica, para haja isonomia com a circulação dos produtos nacionais.

Em teoria a Receita Federal deveria fiscalizar todos os pacotes que entram no país, porém algumas vezes a verificação é feita por amostragem, devido à enorme quantidade e a limitação dos profissionais e equipamentos disponíveis no controle de entrada do país; e com isso você pode não ser pego na tal da “malha fina”.

Mas na grande maioria das vezes, equipamentos e produtos são parados pela Receita Federal, pois ano após ano a fiscalização vai aumentando e melhorando com a introdução de aparelhos e tecnologia mais avançados.

Existem importadoras especificas e existem empresas especializadas em importações de qualquer espécie conhecidas como Tradings. A existência de uma Trading permite que pessoas físicas possam importar produtos que só são vendidos para empresas. Mas obviamente que isso não evita o recolhimento de impostos que são feitos previamente e sob todo controle e conhecimento destas empresas especializadas que vão justamente proteger sua compra nos moldes possíveis da lei conseguindo ou solicitando isenções ou reduções quando forem pertinentes.

Produtos acabados têm taxação específica e insumos têm taxação diferenciada. Por exemplo, quando falamos de cerveja, uma cerveja pronta chega a quase 100% do custo que é vendida no outro país, e os insumos para fazer cerveja ficam um pouco mais baratos. Sem contar que existem produtos que tem taxação exclusiva de acordo com sua natureza ligada à origem dos insumos utilizados em sua produção, como produtos de origem animal.

A seguir demonstraremos alguns valores estimados de tamanhos e impostos, apenas para exemplificar o que representa a importação de produtos e que obviamente podem ser diferentes, devido à data de criação desta matéria e as fontes usadas para este artigo.

 

Notar que onde aparece (ICMS) TN, significa TRIBUTACAO NORMAL, ou seja, 18% ( o ICMS é uma taxa estadual e varia de estado para estado e varia por tipo de produto podendo ir de 0 a 25%)


Referente a valores logísticos, segue abaixo uma base de cálculos:

  • 01 container 20’ (espaço interno: 33 m3 ou 24 toneladas) USD$ 2,000.00 (aprox.)
  • Frete marítimo USD$ 1.700,00 (aprox.)
  • Despesas com estufagem do container (ex: em Miami) USD$ 200,00 (aprox.)
  • Outras despesas no Porto (logística) USD$ 100,00 (aprox.)
 

Despesas no Brasil

IMPOSTOS, conforme alíquotas anexas. (os cálculos dos impostos são efeito cascata).

  • Despachante Aduaneiro aproximadamente, no mínimo, R$ 1.000,00
  • Obtenção de Radar (Licença da pessoa junto a Receita Federal para fazer importações – é feito apenas 1 vez) R$ 1.000,00
  • THC R$ 600,00 (Taxa portuária)
  • Desconsolidação USD$ 100,00 (Taxa agência de navegação)
  • Handling USD$ 50,00 (taxa agência navegação)
  • Tx lib BL R$ 250,00 (taxa agência de navegação)
  • Armazenagem portuária R$ 1.200,00 (valor aproximado) cada período de 15 dias no porto. (lembrar que podem ter greves, fila dos produtos na Alfândega. Não é garantido o prazo de quando sua carga será vistoriada – porém é obvio existe um tempo limite que você pode exigir, porém via meios legais que também podem demorar).
  • Expediente R$ 100,00 (Ministério da Agricultura para triagem)
  • “Licença de Importação” dos produtos caso haja: R$ 50,00 por L.I. (é feito estudo de tudo que se pretende trazer  para fazer consultas para saber a necessidade de solicitar a Licença de Importação ANTES de embarcar a carga no estrangeiro).

 

A seguir vamos brincar com valores de um “exemplo” de importação realizada por pessoa física ou jurídica, com mercadoria no valor de USD 12.000,00 sem qualquer benefício, chegando no Porto de Santos e sendo transportado para São Paulo. (sem levar em conta o peso e tamanho para cálculo do frete terrestre entre Porto e São Paulo):

 

Custos dos produtos = USD 12.000,00

Custo do Frete Marítimo e Estufagem do contêiner nos EUA = USD 2.000,00 (contêiner de 20’)

Valor do dólar utilizado neste calculo: US$ 1.00 = R$ 1,75

Valor para cálculos dos impostos = USD 14.000,00 x R$ 1,75 = R$ 24.500,00

 

As alíquotas são:

  • I.I. = 18%
  • IPI = 5%
  • Pis = 1,65%
  • Cofins = 7,60%
  • ICMS = 18% (P/ SP)

 

I.I. = Imposto de Importação = R$ 4.500,00

IPI = Imposto sobre Produto Industrializado = R$ 1.500,00

PIS = R$ 600,00

Cofins = R$ 2.700,00

ICMS = 7.700,00

Marinha Mercante (25% sobre o frete marítimo) = R$ 900,00

Armazenagem e carregamento = R$ 1.500,00

Transporte rodoviário (Porto de Santos -> SP) = R$ 1.300,00

 

Total em taxas e impostos: R$ 20.700,00 ( = 84% do valor inicial de 24.500,00)

Total final: R$ 24.500,00 + R$ 20.700,00 = R$ 45.200,00

 

Observações:

1)     A operação poderá ser realizada no nome da pessoa, mas é necessário dar entrada no cadastro na Receite Federal que em Santos deve levar uns 15 – 20 dias;

2)     Pode-se fazer o processo via trading, mas é cobrado uma comissão aproximadamente de 5% a 10% do valor da compra;

3)     Os produtos devem ser pagos através de contrato de câmbio à partir do Brasil, ou seja, a pessoa pode ir na loja escolher, fazer a reserva mas o pagamento só via contrato de câmbio que é realizado em qualquer banco que a pessoa tenha conta corrente;

4)     Os produtos deverão ser entregues no armazém do agente de cargas da Trading no local da compra ou, se for em local distante o comprador deve calcular e contratar o transporte lá no outro país para levar o produto até o armazém do agente;

5)     É interessante considerar todos os custos para evitar surpresas.

 

Importação de cervejas, insumos e equipamentos para fazer cerveja?

A internet seria o melhor caminho para obtenção de informações sobre taxas e impostos destes itens, sites do governo, Agricultura e ANVISA, mas mesmo assim algumas informações são difíceis de conseguir, sendo insumos (enzimas, fermentos, filtros, autoclaves p/ armazenagem e fermentação) e equipamentos completos pra produção de bebida alcoólica tem quase os mesmos requisitos. Para ser importador de insumos como malte, lúpulo e outros artefatos para consumo humano, a Trading precisa ter anuência da ANVISA (Ministério da Saúde) e/ou do Ministério da Agricultura. O mesmo acontece para importação de cerveja pronta pra consumo.

 

O importador deverá ser cadastrado na ANVISA para processar o pedido de importação (não é fácil e rápido, mas também não é muito complicado), já na Agricultura basta fazer a análise do produto na chegada da carga no Brasil, é mais simples.

 

Caso não esteja pensando em constituir um negócio de importação, ser dono de uma importadora, o processo todo poderá ser feito por pessoa física desde que não revele aspecto comercial (no início) ou, a melhor opção será utilizar os serviços de uma Trading, que é mais simples e não tão oneroso, do que constituir empresa somente para esse fim.

 

Quais são as taxas envolvidas em materiais sobre cerveja?

Vou dar alguns exemplos das taxas aplicadas na importação.

Lembre-se do efeito cascata: um imposto incide sobre o outro: (os valores abaixo podem estar desatualizados)

 

 
I.I.
IPI
Pis
Cofins
ICMS
Total
MALTE (Agricultura)
14%
5%
1,65%
7,60%
18% (SP)
46,25%
CEVADA (Agricultura)
10%
0%
1,65%
7,60%
18% (SP)
37,25%
LÚPULO (Agricultura)
8%
5%
1,65%
7,60%
18% (SP)
40,25%
FILTROS
14%
0%
1,65%
7,60%
18% (SP)
41,25%
AUTOCLAVES
14%
0%
1,65%
7,60%
18% (SP)
41,25%
CERVEJAS PRONTAS (*1)
20%
40%
2,5%
11,90%
18% (SP)
92,40%

(*1) (SP) mas tem um regime especial de tributação para o IPI, Pis e Cofins por unidade que vai depender da embalagem, capacidade e marca da cerveja.

 

Quais são as permissões necessárias para importar?

O importador deve estar cadastrado na ANVISA e o produtor da cerveja deve estar cadastrado na Agricultura (MAPA).

 

Quais facilidades/dificuldades?

Facilidades  uma Trading tem como comprar esse material no exterior (onde a Trading tiver atuação) e enviar para o Brasil com muita facilidade, tem o conhecimento do processo de importação o que facilita e pode gerar economia.

Dificuldades  Todo processo de importação é “lento e burocrático” quando se trata de ANVISA e Agricultura e também podemos ter problemas de logística o que geraria custos extras. Dificuldade média para encontrar um fornecedor adequado dos produtos e inicialmente tudo será pagamento adiantado.

 

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Além do custo para comprar em outro país devemos levar em consideração alguns aspectos como:

Suporte:

- existe um canal para dúvidas no fornecedor de onde pretende comprar os produtos no exterior? Falam o seu idioma ou algum que você possa se comunicar e se fazer entendido? (ex: China, Coréia, Japão)

Direitos:

- A quem recorrer caso sinta que está sendo enganado ou mal entendido? Existe algum órgão no outro país que protege consumidores como o PROCOM e que seja aberto para consumidores estrangeiros? Ou órgãos no Brasil para esta proteção no exterior? O suporte da empresa Trading?

- Se você comprou um produto e ele chegou estragado, você tem direito a um novo? Sob quais condições? Você terá que enviar de volta o produto comprado? Quem arcará com os custos? Impostos para envio? Em quanto tempo isso tudo acontecerá?

Assistência Técnica:

- Se seu produto der defeito depois de um tempo de uso, como será o suporte? Você vai ter que enviar o produto de volta ao fabricante? Qual custo para isso? Afinal o mesmo produto entrará no país novamente e para não ser taxado novamente você terá que seguir os passos da lei para informar que o produto será enviado para reparo e voltará ao país, e para isso é necessário um serviço especializado de despachantes aduaneiros que conhecem os tramites legais e documentos necessários para tal ação. Lembre que o despachante tem um valor também. Considere no mínimo R$ 1.000,00 para cada transação.

Reposição:

- Se alguma peça quebrar, como será a reposição da peça em específico?

Transporte:

- quando você compra um produto ele será entregue na sua casa? Ou você terá que retirar no porto ou aeroporto ou terminais portuários/aeroportuários ou empresas de transporte? Muitas vezes você contrata uma transportadora porém ela não leva o material até a sua residência e sim ao armazém da empresa mais próximo da sua casa e então você terá um novo custo do armazém até a sua residência. Sem contar que alguns bairros em grandes cidades não permitem a entrada de caminhões grandes.

Mãos a obra !!

Dá trabalho, mas basta você saber o que está fazendo, realizar todos os cálculos previamente e estar preparado para cada ação em todo o processo.